quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Gira Por Uruguai 25/12/2009 à 08/01/2010


25-26-12-2009

Nossa viagem iniciou no Natal.
Passei todo o dia arrumando minhas coisas.
Pela manha o amigo Pereira passou em minha casa e levou minha bike.
Por volta das 19hs meu amigo Henrique me levou para a casa do Pereira.
Lá, além do Pereira, já se encontravam os amigos Marcelo e Alessandro.
Logo que cheguei chegaram também Sandra e Fabi. Pude finalmente conhecê-las.
Com grupo todo reunido aproveitamos o tempo livre até a hora do voo, 4:55hs, e fomos dar uma volta na praia, que deliciaaaa.

Voltando, por volta das 23hs, jantamos e eu, cansadíssima, logo pedi para descansar um pouco, sabia que o dia seguinte seria puxado.
Mal peguei no sono e já estavam me acordando, eram 2:15 da manha e o Pereira já havia levado toda nossa tralha para o aeroporto. O bichinho é realmente agitado.
Chegamos ao aeroporto, despachamos nossa bagagem, tomamos um cafezito e esperamos o voo.
O voo foi super turbulento, que medo ...

Chegamos em Buenos Aires por volta das 7h e, para nossa surpresa, muitaaaaa chuva.
A segunda surpresa foi na fila da imigração, avistamos nossas bikes totalmente bagunçadas na esteira, rodas soltas, nada mais de papelão ... foi realmente assustador. Isso porque pagamos R$100,0 por bike por se tratar de um material frágil.

No aeroporto conseguimos pegar um ônibus e levar nossas bikes com um extra de $ 15 por bike. Chegando a rodoviária não tinhamos mais como escapar, teríamos que enfrentar a chuva torrencial que caia na cidade.
Montamos as bikes, preparamos as bagagens para chuva e ... vamos que vamos.
Apenas as amigas Sandra e Fabi optaram por pegar um taxi.
Chegando no Hostel (Pangea Hostel), por volta das 10hs. Fomos muito bem recepcionados. Mesmo estando encharcados nos abriram as portas e nos ajudaram com as bagagens. Tudo num clima muito bom.

Durante o período de preparaçãoo para a viagem, havia contactado um ciclista de BsAs, no WarmShower, ele se dispos a nos acompanhar num tour pela cidade de Buenos Aires. Combinamos de nos encontrar 12:30 no Obelisco.
Como logo que chegamos ao Hostel parou de chover. Arrumamos nossas coisas e fomos ao encontro de Cristian, garoto muito simpático e prestativo.

Depois das devidas apresentações, a proposta foi encontrar um local para almoçarmos.
Após algumas voltas paramos num Café-Restaurante com mesinhas na calçada.
Cada um fez seu pedido. Almoçamos, papeamois e, por fim, tomamos um cafezinho, o cansaço de todos estava estampado nas caras ..
Cristian nos mostrou o roteiro que havia pensado para nosso tour. Adorei ...

Seguimos pedalando em direção ao Porto Madero. Com algumas paradas pelos monumentos turísticos, como a ponte da Mulher.




A próxima parada oficial seria em La Boca, mas pelo trajeto paramos para conhecer algumas praças.

Em La Boca, depois daquele passeio básico pelo Estádio do Boca Juniors e pela famoso ¨Caminito¨ paramos para uma merecida Quilmes (apreciação dos produtos locais).
Nesta parada juntou-se a nós um amigo de Cristian, Juan. Veio com sua bike de dois andares, muito simpático.


De La Boca, fomos em diração a Plaza de Mayo, posteriormente passando por Retiro e Recoleta, nestes últimos tentaram nos impedir de transitar pelas praças com nossas bikes, mas, os agora já amigos, Cristian e Juan, não se mostraram intimidados, seguimos juntos.

Nosso último ponto de visita foi parque Palermo, com parada na sorveteria Freddo, a meu pedido.

Por volta de 21hs nos despedimos de Juan e Cristian, muito agradecidos pela belíssima tarde que eles nos proporcionaram. Certamente nao poderíamos curtir tanto a cidade sem um nativo para nos mostrar todas as belezas e peculiaridades.

Ao chegar no Hostel fui a primeira a encarar um revigorante banho.
Estava acabada. Passei pela net, iniciei este post e ... me joguei na cama.



27/12/2009



Hoje, por volta das 5hs da manha, acordei com o barulho de uma britadeira. Na verdade era nosso amigo Pereira roncanco sincronizadamente.


Rolei para um lado, rolei para o outro lado, fui ao banheiro, rolei mais um pouco ... e enquanto eu ainda respondia pelos meus atos, resolvi sair do quarto.


Desci, dei uma volta pelo Hostel, percebi que muitas pessoas nem haviam voltado da balada, acessei a internet ...


Por volta das 7hs todos acordaram.



Tomamos um café e nos preparamos para o passeio programado: Delta do Tigre.
Pegamos o metro, que fica na frente do Hostel e, na seqüência, um trem para chegarmos até o local desejado. As passagens em Buenos Aires são baratíssimas, 1,10 pesos para o metro e 2,79 pesos para ir e voltar de trem.


Chegando ao Tigre compramos bilhetes para um passeio de barco pelas ilhas, 30 pesos. O passeio foi maravilhoso, durou cerca de 1.30hs.



De volta a terra almoçamos e continuamos nossa caminhada até o Museu, com direito a ¨Helado¨ pago pela amiga Sandra.





Saindo do Museu caminhamos até a estação de trem e voltamos para o Hostel.

Passamos no mercado compramos batatas (tipo Rufles) e no hostel tomamos uma cervejinha para descontrair.

Logo encontramos o cicloturista Ricardo, com quem já havia falado sobre a viagem pela internet. Sabia que ele estava morando temporariamente no Hostel, mas não havia aparecido desde que chegamos. O Ricardo já fez todo o trajeto que faremos no Uruguai. Chamamos todos e trocamos figurinhas sobre a viagem.





28/12/2009


Acordei novamente, por volta das 3:30hs, com barulhos estranhos no quarto, nem preciso dizer o que era, certo?! Levantei dei uma volta, mas voltei para tentar dormir mais um pouco ...


Saímos do Hostel por volta das 9hs.


Pedalamos até o BuckBus, no Porto Madero. Ao chegar entramos na estação bike e tudo.


Conseguimos passagens para o barco das 13:15hs.
Fizemos check-in, passamos pela imigração e embarcamos nossas bikes.


Dentro do Buckbus fiz um lanchinho, tirei um cochilo e acordei meio irritada pensando: pow esse barco nao vai sair daqui? Foi quando percebi que estavamos chegando no Uruguay, em Colonia Del Sacramento.

Em solo Uruguaio pegamos nossas bikes e saímos animados.

Primeira parada: Informaçoes Turísticas. Eu e o Pereirinha ficamos só no visu da estrada, apavorados com os motoqueiros que nao usam capacete.

As meninas acharam um hotel. Como estava meio caro optamos por ficar num camping, a 20km dali. Neste caso, antes de ir pro camping, fomos conhecer a cidade.

Logo no inicio da trip encontramos um pé de pessegos, carregado, que belo presente ein?!



Imagine a festa.


Depois de percorrer toda a cidade sentamos a beira mar para ver o famoso pôr do sol uruguaio, compramos uns produtos locais (queijo e cerveja) e ficamos aguardando.
O sol se pos por volta das 22hs, mas certamente valeu a pena.


Hora de seguir viagem, 20 e tantos kms por estradas desconhecidas em busca do camping, em Sant'Ana. Já no inicio do trecho meu pneu traseiro furou, como estavamos carregados, e cansados, nao foi tão simples assim pra consertar.

Chegamos no camping por volta das 11:30m, eu estava acabada ... mas muito feliz pelo sucesso deste primeiro dia no Uruguay.



Montamos nossas barracas, tomamos banho, comemos e apagamos.




29/12/2009


Pela manha desmontamos acampanhmento, comemos e aguardamos a chegada da Sandra e da Fabi, combinamos o encontro para 9:30hs. Tudo certo.
Assim que elas chegaram papeamos um pouco e saímos, destino: La Paz e Blancarena.


Pegamos uma estrada secundária, muito bonita.


Como nem tudo é perfeito, tivemos que pegar a Rota 1, uma rodovia. Pelo menos o acostamento estava em bom estado, mas um calor daqueles.




Meio dia entramos em um parque, que nao tinha nada demais, mas acho que vale a pena postar a fotinho abaixo.


Devido ao calor insuportável decidimos parar para almoçar. Como até para achar um posto de gasolina estava disficil, paramos no primeiro lugar que encontramos, um restaurante de beira de estrada.
Mas, a cada dia que passa percebo que nossos anjos da guarda estão nos acompanhando. O restaurante era bem amigável, ar condicionado geladinho, garçon super simpático e a comida ótima.

Depois do almoço, aproveitamos a chuva que está prestes a cair para fazermos uma ciesta.


Como a chuva nao parou, por volta de 16:30 continuamos nosso pedal em direçao a La Paz, com medo de tudo estar fechado e, as meninas, que não trouxeram barraca, não encontrarem lugar para ficar.
Em La Paz nao havia absolutamente nadaaaaa. Nos recomendaram tentar algo em Colônia Valdense, a cerca de 6km dali.
Chegamos em Colônia Valdense sem muita esperança, pois se tratava de outra cidadezinha pequena, mas ... como os ventos estão soprando a nosso favor, conseguimos nos hospedar num Centro Teológico e Ecológico, Casa Emanuel, lugar lindíssimo por sinal.
Fomos muito bem recebidos e nos sentimos super a vontade.


Depois de instalados, saímos para conhecer a cidade e encontrar algo para comer.
Tomei super café com sanduiche.
De lambuja passamos num restaurante e levamos um vinho Uruguaio para tomarmos a noite, o primeiro da viagem.



30/12/2009


Acordamos, arrumamos nossas coisas e fomos surpreendidos com um delicioso café da manha, com doces feitos pelo Centro, queijo colonial, leite da vaquinha feliz, pão quentinho e café de coador.

Comemos o suficiente para aguentar o pedal do dia, em direção a Libertad.
O clima estava gostoso, fresquinho, muitas árvores pela estrada, o pedal rendeu.

Meio-dia, o sol já estava a pino e paramos para procurar pelo algo gelado.
Encontramos um mercadinho, num povoado super pequeno, Pueblo de La Boyada. Que achado.
Fomos recebidos pela Monique, uma garota de seus 17 anos, estremamente simpática.
Tomei sorvete, comi 3 fatias de melancia e por fim ainda ganhamos ameixas colhidas por nós mesmos no próprio terreno da casa da Monique.
Monique falou que pretende ir a Floripa quando completar 18 anos, já combinei com ela de recebe-la.

Pouco antes de chegarmos ao nosso destino nos deparamos com uma placa na beira da estrada com os dizeres La Casona de Juan, algo como um hotel. Um olhou pra cara do outro e rapidamente decidimos consultar o nível e os preços.


Pra nossa sorte foi mais um achado, 220,00 pesos (R$ 22,00) por quartos triplos com banheiro privativo.


Deixamos nossas coisas na Casona e fomos procurar algo para comer, por indicaçao fomos a um restaurante de beira de estrada a 2km da Casona. Uma beleza. Melhor salada até agora.
O buteco tinha até Wi-Fi.
Comemos o suficiente e no caminho ainda levamos de lanchinho queijo e morangos de beira de estrada.


Tomei um banho, dei uma volta pela Casona e estava sentada quando avistei o Ale dando uma geral na minha bike, deu uma limpada legal na corrente, que estava uma craca, até tentei ajudar um pouco, mas o serviço já estava praticamente pronto. Fiquei muito agradecida.

A Sandra em troca do concerto da bike de uma das crianças da casa conseguiu uma carona até uma mercearia para comprar um vinho.
Prato da noite: vinho uruguayo, queijo, morango e batatas fritas (papas fritas para os locais).


31/12/2009

Nosso objetivo do dia era chegar a Montevideo, onde passaríamos nosso Ano Novo. Saímos da casona de Juan, passamos na super lanchonete com WiFi, tomamos nosso "desajuno" e começamos realmente a pedalar. Trecho todo de asfalto, Rota 1.

Passamos por uma ponte muito bonita de nome Santiago Vazquez, o que indica que chegamos a Montevideo.





Parada para algumas fotos.


Assim que atrevessamos a ponte, saimos da Rota 1, com o intuito de visitar o parque Roosevelt, no bairro Prado, e também de fugir da Rota, um tanto sem graça.





Para chegar ao tal parque tivemos que encarar umas boas subidas. Passamos por povoados muito pobres, estradas ruins e sem acostamento. Foi bom para conhecer as condições da localidade.



O parque é lindo, demos uma volta por ele, mas o que realmente queríamos naquele momento era encontrar um lugar para comer. Pedimos algumas indicações e fomos parar numa lanchonete, que nos ofereceu uma promoção de pizza, compre uma mussarela e ganhe outra.



Saímos dali mais animados (barriguinha cheia).
No caminho para a cidade de Montevideo passamos por lugares lindos. Ruas totalmente arborizadas, foi uma delícia.

Aproveitamos para conhecer alguns dos pontos turísticos e fotografá-los, claro.




Chegando em Montevideo, começaram as surpresas. As ruas estavam cheias de papel picado, no começo achei que eram bilhetes de loteria, depois fui saber que eram agendas, agendas picadas. Uma das tradições de fim de ano.



Mais próximos do Hostel onde nos hospedaríamos, conheçemos outra tradição, banho de sidra. No caso algumas pessoas sem dinheiro para tanta sidra davam banho de água mesmo.


Levamos alguns respingos.



A terceira e maior surpresa de todas foi que nosso Hostel se localizava na rua onde as pessoas passam o dia festando. Tava rolando a maior "rave" na rua.



Ficamos sem saber o que fazer, era muita gente.
Eu, o Alê e nossas bikes tentamos nos aventurar (olhando as fotos dá pra ver que a missão foi impossível), andamos alguns metros e .. só lembro de alguém gritando assim: Ciclistas BANHOOOO. Eu que estava na frente (metida), tomei o maior banho, de sidra, cerveja ... ou seja, tudo que a galera tinha nas mãos.
Saímos dali rapidinho, de ré mesmo (hahahah).



Tentamos bolar algumas estratégias para a passagem. Eu, a mais molhada, agora a pé, resolvi descobrir onde exatamente era o Hostel. Ao achá-lo tentei interfonar, sem sucesso. Desligaram a campanhia pra não ter que descer sempre que algum folião alcoolizado resolvesse interfonar.

Por fim, ligamos para o Hostel e pedimos para que eles nos ajudassem.
Passamos com as bikes por um cantinho, um por vez, até conseguimos subir todos.

Os caras do Hostel foram muito legais, para compensar nosso transtorno nos ofereceram 2 Patricias (cerveja local).
;)

Nos instalamos, tomamos um banho e saímos para as comprar de Ano Novo.
Pães, Champagnhe, Queijo, Frutas ...

Preparamos nossa ceia e, para nossa surpresa, recebemos a visita de um casal de amigos do Pereira, que havíamos encontrado em Colonia Del Sacramento.
Comemos, bebemos e, com a proximidade da hora da virada, resolvemos ir para beira do mar.

As ruas estavam vazias, a beira mar também.
Mas estávamos em boa companhia e o céu estava lindíssimo.



Na hora da virada nos cumprimentamos, desejando uns aos outros muitos anos de pedal, assistimos a queima de fogos e voltamos para nossa casinha do dia.


01/01/2010



Após uma longa noite mal dormida, galera ouvindo música eletrônica de péssimo gosto na nossa janela (na mesma rua onde durante a tarde fomos impedidos de passar), acordamos por volta das 8hs, como sempre, para nosso passeio diário.



Tomamos café e saímos para o tour por Montevideo.
Devo admitir que estava com mau humor, por dormir pouco, e com uma P* dor de cabeça, pelas cervejas e champagnhes da noite anterior.
Nosso objetivo: percorrer todos os pontos turísticos de Montevideo, cerca de 40km.

O dia estava lindo, a cidade completamente vazia, ou seja, perfeito.


Para mim cada parada era motivo de alongamento ... estava quebrada pela noite mal dormida.


A cidade tem uma arquitetura indiscutivelmente lindíssima.



Visitamos alguns parques, monumentos.


E percorremos toda a orla.

Para finalizar mais um parque e compras para o café da manhã.

Chegando ao Hostel, tomamos banho e saímos para jantar, em frente ao Hostel.
A pizza demorou mas estava deliciosa. Aproveitamos para conhecer mais algumas das cervejas locais.


02/02/2010



Hora de deixar Montevidéo.

Acordamos, tomamos nosso cafezito e partimos.
Passamos por dentro da cidade, já bem diferente do dia anterior.
Após Ano Novo vida normal, carros, trânsito ... pegamos algumas ruazinhas alternativas para fugir do caos urbano.



Em alguns momentos ficamos meio perdidinhos, mas nada que alguns pedidos de informações não nos colocassem de novo na linha.


Ao sair da cidade de Montevidéo, pegamos uma estrada de chão que nos levaria até Atlandida. Mas tranquilo impossível.



Pausa para o Pic-Nic ... restaurante nem pensar, sem chances.


Chegando em Atlandida hora da decisão, continuar até Piriápolis (desta forma conseguiríamos chegar no dia 03/01 a casa do Martin, cicloturista que nos hospedaria, e aproveitaríamos seu aniversário) ou ficar em Atlantida.
Para chegar a Piriápolis precisaríamos percorrer mais 50km, mas todos aceitaram o desafio.



Seguimos à Piriápolis, também por estradas secundárias.
Chegou a me dar um apertinho no coração ao ver as praias de Atlantida, lindíssimas, e nós apenas passando e olhando. Que vontade de dar um mergulho.



Por falar em mergulho, graças a Deus alguém se empolgou.
A Sandrinha parou para um mergulho no rio e eu nem pensei 2x, acompanhei-a.
Que Deliciaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Chegamos na primeira praia da rota até Piriápolis, Solis.


Passamos por muitas outras praias até chegar em Piriápolis. Muitas casas bonitas, muitos campings ...


Chegamos em Piriápolis no fim da tarde.
Eu estava completamente acabada, com dores nos ombros devido ao longo trecho percorrido durante o dia.

Sandra e Fabi saíram em busca de um Hostel ou Hotel para ficarem. Elas tinham um reserva para o próximo dia, mas como adiantamos um trecho precisariam antecipar a reserva ou procurar um novo local para se hospedar.

Eu, Alê, Marcelo e Pereira encontramos um camping e montamos nosso acampamento.

Eu e o Alê saímos em busca de um banco. Nossos pesos Uruguaios estavam se esgotando e estávamos encontrando dificuldade em sacar dinheiro.

Passando na avenida principal, na beira da praia, pegamos o por do sol abaixo, recompensante:


Ao voltar ao camping tivemos a noticia de que as meninas não encontram hospedagem. A cidade estava lotada e assim também todos os Hosteis, Hoteis e Pousadas.

Sandra comprou uma barraca e se juntou a nós.
Fabi disse que não acamparia, achou melhor deixar o grupo e encerrar ali sua viagem.
Ficamos todos muito tristes, principalmente eu, culpada por alguns de ter sugerido que adiantássemos um dia, ou seja, duplicássemos o trecho.

Saímos Eu, Alê e Pereira para jantar, estávamos verdes de fome.
Fomos todos dormir num clima estranho.


03/01/2010


Pela manhã oclima continuou estranho. Nossa amiga Fabi se foi e o grupo estava meio confuso.
Tomamos nosso café, levantamos acampamento e partimos em direção a Medyo-Medyo casa do Martin, que tb conheci no WarmShower. Hoje é seu aniversário de Martin, ele vai nos hospedar na sua casa e, além disso, nos convidou para sua festa.

Conseguimos passar por estradas secundárias, de chão batido, com vistas maravilhosas e muita calmaria.

Paramos perto do meio dia para um PIC-NIC no meio do nada. Aquela coisa básica, pão, queijo, suco ... Descansamos um pouco e seguimos viagem.

Perto da casa do Martin, liguei para avisá-lo que estávamos chegando. Ele ficou super feliz e foi nos esperar na estrada por onde passaríamos.

Encontramos o Martin logo a frente, ele nos guiou até sua casa, um caminho maravilhosoooo, lindísssimo, mas tinha uma subida que foi pra matar-nos.

Martin estava no meio dos preparativos para a festa, chegando a sua casa já fui logo assumindo a cozinha junto dele. Só para contextualizar, o Martin é vegetariano e eu estava empolgadíssima, pois ia participar de uma festa veg depois de tantos dias comendo ravioles verdes ou pão com queijo.

Para a festa eu amassei o pão e o Martin ralou muitos legumes para o Chapati. Além dos preparativos para a festa fizemos um rango para a galera, foi delicioso comer uma verdadeira refeição Veg.



Após o rango fomos dar uma volta pelas redondezas com o super carro do Martin, uma rural supeeeerantiga. Paramos na praia e eu, claro, aproveitei para dar um mergulho. Que Delicia!!!
Voltamos para casa e continuamos com os preparamos para a festa que aconteceu num lugar mágico, atelier da filha do artista plástico Carlos Paez.

Passamos no mercado, compramos alguns itens faltantes, como bons vinhos ... e seguimos para a festa.

Já haviam algumas pessoas por lá, preparando coisas gostosas. Aprendi a fazer um pimentão recheado delicioso.






Os convidados foram chegando e a festa foi ficando cada vez mais animada. Chapati na fogueira, pimentões recheados assando ... muitos tambores ... tipico som uruguaio: Candomble. Até nosso amigo Pereira entrou na roda de tambores. Eu só fiquei na dança mesmo.


A festa acabou tarde, nós bebemos, dançamos e papeamos bastante e ... amanhã é outro dia de pedal. Seguimos para a casa do Martin para um soneca.




04/01/2010

Acordamos meio ressaqueados, eu só levantei pq ouvi todo mundo arrumando as coisas para continuar o pedal. O que eu mais queria era passar o dia ali quietinha no paraíso que é a casa do Martin. Mas ... vida de cicloturista não é fácil (hihih).

Arrumos nossas tralhas, tomamos aquele cafezão e partimos. Martin no acompanhou até a Casapueblo, em Punta Ballena, do artista plástico Carlos Paez, pai da agora nossa amiga Agó Paez. Ela nos convidou para visitar o museu de seu pai, o que já estava em nossos planos. Fomos recebidos com muitco carinho, com direito a café, alfojores e fotos com o próprio artista Carlos Paez.

Martin seguiu conosco mais alguns Kms e voltou para suas tarefas.

Seguimos até Punta del Leste. Logo que chegamos na cidade desabou a maior chuva. Paramos, a priori, para fazer algumas chamadas telefonicas e tentar pegar dinheiro em algum banco.

Liguei para meus pais e, quando reencontrei o pessoal, tive uma noticia um tanto ruim. Nossa amiga Sandra ligou para seu marido e ele, consultando a net, informou-nos de que teríamos 3 dias de muita chuva pela frente. Para quem esta viajando de bike e tem apenas mais 5 dias de viagem isto é um tanto quanto desanimador. Conversamos muito e chegaram a propor que desestissemos da trip, achavam loucura continuar desta forma. Eu cheguei a pensar que aquele papo era pegadinha, que a galera tinha pirado ... mas não.

Por fim, nossa amiga Sandra resolver encerrar sua participação por ali, mas continuamos Eu, Alê, Marcelo e Pereira.

A chuva estava constante e decidimos ficar por ali mesmo. Saímos em busca do Camping que estava na nossa lista e nos hospedamos por lá.

O Camping era maravilhoso, espaços bem demarcados, muitos chuveiros, sala de jogos, net. A chuva deu uma trégua e saímos para uma volta pela cidade.

A noite fiquei bte tempo na net, colocando algumas fofocas em dia com os amigos.



05/01/2010


Para nossa surpresa acordamos com o dia relativamente bom, nublado mas sem chuva.

Seguimos em direção a La Paloma.
No caminho paramos em José Ignácio para conhecer a cidadezinha charmosa, seu farol e fazermos nossa refeição do meio-dia, não vou chamar de almoço porque faz tempo que não almoçamos algo diferente de pão (hihihi).



Para seguir nosso caminho tivemos que atravessar a Laguna de balsa e na sequência seguir muitos Kms de estrada de chão.
A paisagem é maravilhosa, quase sempre margeando a praia. Além disso, dificilmente víamos carros atravessando o percurso.


O caminho mas curto para chegar em La Paloma seria seguindo até a Laguna Rocha, mas não há um caminho. Neste caso tivemos que desviar e muito o trajeto, passando por Rocha, trecho este com muitaaaaaas subidas.

Em Rocha paramos para descidir se seguiríamos até La Paloma ou ficaríamos ali mesmo.
Eu estava particularmente cansada para seguir mais 22km, mas como somos uma democracia .. segui adiante.

La Paloma é um povoado suuuuuuper badalado. Os campings são enoooormes. Acho que tinha umas 1000 pessoas acampadas, fora da nossa realidade. Quando montamos nossa barraca já era noite. Tomamos um banho e saímos para jantar.
Parecia o centrinho da Lagoa da Conceição, em Floripa. Muitos restaurantes, bares, galera jovem. Nós estavámos acabados e ficamos apenas com o jantar mesmo.

Voltamos para dormir, mas só dormi mesmo pq estava muito cansada. Estava rolando o maior auê no camping e nas redendezas. A bagunça perdurou pela noite toda. Quando acordamos encontramos umaaaa galera voltando da balada. Paciência, já fui adolescente um dia, certo?



06/01/10

Hoje nosso destino é Valizas, com parada em Cabo Polônio.
Café reforçado para iniciar o dia.


Na saída do camping, constatamos que a bike do Marcelo estava com um raio quebrado. Como era dia de semana (não me pergunte qual porque não lembro) fomos em busca de uma oficina de bicicletas e foi até fácil encontrar. o problema foi chegar até lá, tava rolando um super vento contra ...


A Oficina certamente era muito antiga, tinha muitas bikes que aqui não serviriam nem pro ferro velho, mas lá o pessoal usa elas nesta situação mesmo. Muita bike velha na rua, assim como carros ... deve ser algo cultural. Ficamos papeando com o dono da oficina enquanto o serviço era executado.

No caminho, passamos por La Pedreira, mas uma região super disputada por turistas.

Seguimos pela Rota 10. Viagem tensa já que a estrada é movimentada e não há acostamento.

Pelos próximos Km tivemos que nos precaver com mantimentos e água, visto que não há previsão de postos de abastecimento no caminho.

Continuamos com nossas refeições na estrada, regadas a muito pão e queijo (pelo menos os queijos são baratos e maravilhosos).



Conseguimos chegar a tempo para a visista a Cabo Polônio, graças a Deus, porque este passeio é imperdível. Embarcamos num 4x4 muito estranho e seguimos em direçao ao Cabo. Lugar sem energia elétrica, com poucas casas caoloridas, galerinha riponga e muita tranquilidade.


Estava rolando o maior ventão e acabei perdendo meu chapeu pelo caminho (meu nada, o chapéu era do Alê e, por isso, fiquei super chateada).


A maior atração do local são os leões marinhos, que ficam ali jogadões, pegando um solzinho e brincando nas pedras.

Terminado o passeio seguimos em direção a Valizas.

Lá encontramos um camping muitooooo alternativo para ficar. Mas tarde descobrimos até que o chuveiro era gelado. Paciência, né?! A cidade estava lotada e pagamos baratinho.

Como ainda era dia fomos dar uma volta na cidade.

Que lugar show. Paramos na praia para dar uma relaxada. Sem chances de banho, estava a maior friaca. Na paracinha, onde todo povo estava reunido, show ao ar livre, a banda era até famosinha, mas não lembro o nome, uma mostra do que iria rolar a noite.




A noite rolou algo como um Maracatu pelas ruas. Toda a população seguia os tambores. Compramos um vinho e fomos no embalo.

Após a batucada fizemos um tour pelos bares da região, fácil encontrar comida vegetariana, muito som ao vivo e acesso livre. Eu eu o Alê nos emocionamos com o lugar, com o povo, com a música ... achei realmente D+


07/01/10

Fuerte Santa Tereza


08/01/10

Chui

Um comentário:

Mari disse...

tu tem blog nega! nao sabia pensei q fosse só o gira lá.

entrei como tua seguidora
bjosssssss